27 de setembro - Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos 27/09/2012 - 15:40
Dados da Central de Transplantes do Paraná mostram que o número de pacientes transplantados no Paraná tem aumentado, mas a carência de doadores de órgãos ainda é um grande obstáculo para a realização de transplantes em todo o país. A falta de informação e o preconceito também acabam limitando o número de doações obtidas de pacientes com morte cerebral.
No Paraná, a boa notícia é o aumento do número de transplantes de rins. De janeiro a agosto deste ano, foram realizados 168 transplantes de rim no Estado, o que representa um aumento de 100% em relação ao mesmo período do ano passado.
O número de transplantes de fígado também aumentou. Foram 66 pacientes que realizaram o transplante entre janeiro e agosto deste ano. No ano passado, no mesmo período, foram 44 transplantes. Já no caso de transplantes de coração, de janeiro a agosto deste ano foram 14 procedimentos, sendo dois a mais que no ano passado.
O total de pacientes que passaram pelo transplante no Paraná (órgão de doadores falecidos) no primeiro semestre de 2012 chegou a 190. Em 2011, no mesmo período, foram 123. Até o final de agosto, a central registrou 1270 pacientes ativos inscritos para transplantes no Estado, que estão na fila de espera e aptos a receber o órgão. Outros 1150 semiativos também estão na fila de espera, porém, temporariamente inaptos para o transplante.
Gláucia Ripula, assistente social da Central de transplantes, explica que para aumentar a doação de órgãos no Estado é preciso unir o trabalho desenvolvido nos hospitais, e a conscientização das famílias. “Para que o número de doadores aumente, é fundamental o papel do profissional de saúde no processo de doação e captação de órgãos para transplantes. É fundamental que os profissionais da saúde dos hospitais façam as notificações, em caso de um possível doador, para que a equipe especializada atue de forma eficaz na conscientização da família do doador”, comenta.
É considerado como Potencial Doador todo paciente que tem morte encefálica. No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é entendido quando o exame neurológico demonstra a ausência dos reflexos do tronco cerebral.
Gláucia Ripula destaca que para ser doador não é necessário deixar nada por escrito. “Basta a pessoa comunicar à família o desejo da doação. Desta forma, a família é que autoriza a realização deste último desejo da pessoa”, concluiu.
Quem tiver dúvidas sobre a doação de órgãos e tecidos pode procurar a Central de Transplantes do Paraná, que fica na Rua Barão do Rio Branco, 465, no centro de Curitiba. O telefone de contato é (41)3304-1900.