Acidentes com crianças aumentam durante as férias escolares 08/07/2011 - 09:20

As férias são sempre encaradas como um tempo de diversão e descanso para as crianças. Mas o período esconde graves riscos para os pequenos. Isso porque, nessa época do ano, os acidentes infantis tendem a crescer drasticamente. Um dos motivos é que as crianças têm mais tempo para brincar - e "aprontar"!

“O período deve ser planejado com antecedência, mesmo que a criança esteja em férias e os pais, não. É preciso programar a atenção que será dada à criança. Nos prontos-socorros, o que se observa é que a maioria das crianças estava sozinha no momento do acidente”, afirma Alessandra François, coordenadora nacional da ONG Criança Segura.

Dados do Ministério da Saúde mostram que os acidentes superam todas as outras causas de morte entre crianças de 1 a 14 anos no Brasil. Por dia, no país, 14 crianças morrem e outras 300 são hospitalizadas devido a acidentes de trânsito, afogamentos, sufocações, queimaduras, quedas, intoxicações, acidentes com armas de fogo e outras lesões não-intencionais. Dentre os acidentes, os de trânsito são os mais fatais e as quedas estão em primeiro lugar no número de internações.

Mas apesar da grande quantidade de casos, estudos apontam que 90% dos incidentes poderiam ser evitados. As estatísticas mostram que com cuidado e atenção é possível proteger os pequenos e ainda garantir a diversão da garotada.

Veja os locais e os acidentes mais comuns registrados nas férias e aprenda a evitá-los.

EM CASA
Os acidentes domésticos merecem atenção redobrada! Como as crianças passam mais tempo em casa, e nem sempre estão acompanhadas dos pais, os riscos aumentam. “Cada ambiente da casa deve ser avaliado de acordo com a idade e atividade da criança e então adaptado para sua segurança”, ensina Alessandra. Segundo a coordenadora, a cozinha e a área de serviço são lugares perigosos para os pequenos. Por isso, mantenha os objetos cortantes, produtos de limpeza e remédios em armários fora do alcance das crianças. As janelas e sacadas também devem ser isoladas com redes de proteção.

EM PARQUINHOS OU PRAÇAS
Nos parquinhos e em outras áreas de lazer, fique atenta para a altura e as condições dos brinquedos. As quedas são muito comuns nesses lugares, por isso verifique se a altura dos aparelhos não ultrapassa 1,2m e se o revestimento do piso absorve o impacto.

NO CLUBE, PRAIA OU PISCINA
O afogamento é a segunda causa de morte entre os pequenos. Quem vai passar as férias (ou mora) em local onde faz calor nessa época do ano não pode esquecer de supervionar as brincadeiras aquáticas. Dê preferência aos coletes salva-vidas em relação às bóias, porque elas dão uma falsa sensação de segurança.
“As bóias são brinquedos e não equipamentos de segurança”, explica Alessandra.

NA RUA
As brincadeiras de rua devem ser corretamente orientadas, uma vez que 42% dos acidentes de trânsito com crianças correspondem a atropelamentos. Ensine seu filho a não brincar na porta de garagens e nem em vias com circulação de carros. Se os pequenos quiserem soltar pipa, garanta que na área da brincadeira não haja fios de alta tensão e nem o risco de queda da criança.

NO TRÂNSITO
Essa dica não se restringe ao período de férias, ela deve ser aplicada o ano todo! Em grandes viagens ou mesmo pequenos trajetos, o uso do bebê conforto, da cadeirinha e do booster é obrigatório. Uma criança na cadeirinha certa, por exemplo, tem 71% a mais de chances de sobreviver em um acidente de carro. Já as crianças com mais de 36kg e com no mínimo 1,45m devem estar no banco traseiro do veículo presas ao cinto de três pontos.

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