Ao contrário do que muitos pensam o andador não ajuda o bebê 18/10/2012 - 14:30
Ao contrário do que muitos pais e mães imaginam, o andador pode atrapalhar o desenvolvimento psicomotor das crianças, porque desde o nascimento, o bebê passa por várias fases, e cada uma dessas fases serve de referência para a próxima. Com o uso do andador, as etapas não são respeitadas e as crianças acabam prejudicadas.
A não recomendação do andador se deve, principalmente, ao grande risco de quedas e traumas. A fisioterapeuta do Hospital Infantil Waldemar Monastier, Fernanda Pfau Rosa, explica que os responsáveis pelas crianças usam o andador de forma errada, deixando as crianças sem supervisão, pela falsa sensação de independência e comodidade que o equipamento gera. “Os responsáveis deixam as crianças sozinhas, e elas acabam se aproximando de locais que antes não eram capazes, e ficam expostas ao risco de afogamentos, intoxicação por medicamentos e queimaduras”, destaca.
O grande número de acidentes graves envolvendo crianças em andadores fez com que o Canadá proibisse sua venda. Fernanda ressalta que a instabilidade do brinquedo associada à falta de equilíbrio da criança que ainda não completou seu desenvolvimento neurológico propiciam as quedas que levam a traumas graves. “Às vezes a criança tem interesse em algum brinquedo que está além de seu alcance, e na tentativa de alcançá-lo pode se inclinar demais, ou ficar próxima de escadas ou desníveis e acabar caindo”.
Como o desenvolvimento neurológico se inicia da cabeça e vai até os pés (céfalo-caudal), se a criança ainda não sentou sem apoio, engatinhou, ficou em pé e não possui controle de tronco, ainda não está preparada para andar. “Estudos comprovam que o andador não ajuda a criança a andar. Se o andador for utilizado, a criança pode pular fases importantes. Elas andam quando estão neurologicamente preparadas para executar o movimento”, destaca Fernanda.
As crianças aprendem a ficar em pé ganhando força na musculatura e aprendendo a ter controle do deslocamento do centro de gravidade, coisas que não são possíveis com andador. No equipamento, o gasto energético é menor devido ao apoio do corpo e o equilíbrio fica dependente do objeto. Para começar a andar, a criança deve passar por todas as fases do desenvolvimento neurológico. Sendo assim, estímulos como ficar no chão, levantar apoiada em móveis fixos e depois apoiada em objetos pesados que possam ser arrastados, sempre com supervisão, podem auxiliar no processo. A fisioterapeuta do HI, Fernanda Pfau Rosa, explica que “na fisioterapia é utilizada uma técnica com lençol para estimular a marcha. A criança é envolvida com uma faixa larga ou lençol e a deixamos conduzir o movimento. Este método é melhor que segurar pelos braços ou deixar no andador”.
A fisioterapeuta Heloísa Ivanoski com o paciente Matheus Wosniak
Para estimular o desenvolvimento da criança, o ideal é deixá-la no chão, sobre um tapete de EVA, edredons ou um colchão fino, apenas com estímulos de brinquedos. Depois a criança pode tentar ultrapassar obstáculos sempre na presença de um responsável. Se for necessário deixar a criança sem supervisão por alguns minutos, ela deve ser colocada em um "cercadinho" ou "chiqueirinho", principalmente se já engatinha.
Fernanda lembra que, com o uso do andador, existe a possibilidade da perda afetiva, já que a criança não recebe estímulos dos pais. “A não supervisão pode deixar as crianças isoladas, sem conversas ou palavras encorajadoras na hora de ficar em pé e iniciar a marcha”. Os pais e responsáveis devem aproveitar esta etapa do desenvolvimento da criança para estreitar os laços de carinho e segurança.
A não recomendação do andador se deve, principalmente, ao grande risco de quedas e traumas. A fisioterapeuta do Hospital Infantil Waldemar Monastier, Fernanda Pfau Rosa, explica que os responsáveis pelas crianças usam o andador de forma errada, deixando as crianças sem supervisão, pela falsa sensação de independência e comodidade que o equipamento gera. “Os responsáveis deixam as crianças sozinhas, e elas acabam se aproximando de locais que antes não eram capazes, e ficam expostas ao risco de afogamentos, intoxicação por medicamentos e queimaduras”, destaca.
O grande número de acidentes graves envolvendo crianças em andadores fez com que o Canadá proibisse sua venda. Fernanda ressalta que a instabilidade do brinquedo associada à falta de equilíbrio da criança que ainda não completou seu desenvolvimento neurológico propiciam as quedas que levam a traumas graves. “Às vezes a criança tem interesse em algum brinquedo que está além de seu alcance, e na tentativa de alcançá-lo pode se inclinar demais, ou ficar próxima de escadas ou desníveis e acabar caindo”.
Como o desenvolvimento neurológico se inicia da cabeça e vai até os pés (céfalo-caudal), se a criança ainda não sentou sem apoio, engatinhou, ficou em pé e não possui controle de tronco, ainda não está preparada para andar. “Estudos comprovam que o andador não ajuda a criança a andar. Se o andador for utilizado, a criança pode pular fases importantes. Elas andam quando estão neurologicamente preparadas para executar o movimento”, destaca Fernanda.
As crianças aprendem a ficar em pé ganhando força na musculatura e aprendendo a ter controle do deslocamento do centro de gravidade, coisas que não são possíveis com andador. No equipamento, o gasto energético é menor devido ao apoio do corpo e o equilíbrio fica dependente do objeto. Para começar a andar, a criança deve passar por todas as fases do desenvolvimento neurológico. Sendo assim, estímulos como ficar no chão, levantar apoiada em móveis fixos e depois apoiada em objetos pesados que possam ser arrastados, sempre com supervisão, podem auxiliar no processo. A fisioterapeuta do HI, Fernanda Pfau Rosa, explica que “na fisioterapia é utilizada uma técnica com lençol para estimular a marcha. A criança é envolvida com uma faixa larga ou lençol e a deixamos conduzir o movimento. Este método é melhor que segurar pelos braços ou deixar no andador”.
A fisioterapeuta Heloísa Ivanoski com o paciente Matheus Wosniak
Para estimular o desenvolvimento da criança, o ideal é deixá-la no chão, sobre um tapete de EVA, edredons ou um colchão fino, apenas com estímulos de brinquedos. Depois a criança pode tentar ultrapassar obstáculos sempre na presença de um responsável. Se for necessário deixar a criança sem supervisão por alguns minutos, ela deve ser colocada em um "cercadinho" ou "chiqueirinho", principalmente se já engatinha.
Fernanda lembra que, com o uso do andador, existe a possibilidade da perda afetiva, já que a criança não recebe estímulos dos pais. “A não supervisão pode deixar as crianças isoladas, sem conversas ou palavras encorajadoras na hora de ficar em pé e iniciar a marcha”. Os pais e responsáveis devem aproveitar esta etapa do desenvolvimento da criança para estreitar os laços de carinho e segurança.