A adolescente Isabella Beatriz Fernandes Rocha, de 14 anos, estudante do 2º ano do ensino médio, começou a escrever aos 09 anos, e fez questão de vir ao Hospital Infantil Waldemar Monastier para conhecer a nova biblioteca, e para contar histórias para os pacientes. Ela diz que gosta muito de estar com as crianças, e acha que todas podem ser escritoras. “Toda a criança tem potencial para criar histórias porque quando elas estão brincando, elas criam enredos. Para começar a escrever, é só colocar as ideias no papel”.

Isabella conta que foi alfabetizada pela mãe, e que desde pequena foi estimulada a ler. Inicialmente, gostava de ler gibis, mas foi quando descobriu o clássico Harry Potter, que percebeu o quanto gostava e precisa dos livros.

Quando Isabella estava entrando para a 4ª série do ensino fundamental, grande parte de seus amigos mudaram de escola, e os colegas que restaram começaram a fazer brincadeiras de mau gosto, o que fez com que ela se isolasse do restante da turma. Foi neste momento que a biblioteca surgiu como o refúgio. Era neste espaço que ela encontrava os amigos, os livros. “Eu ia para o jardim da escola, sentava na minha árvore preferida e mergulhava nas histórias”, conta. Felizmente, no ano seguinte, chegaram pessoas novas e Isabella fez novos amigos, mas não deixou de lado o amor pela leitura. Foi nesta época que Isabella conheceu a escritora Thalita Rebouças, autora de livros para adolescentes, e decidiu que seria escritora também.

Em janeiro de 2012 começou a escrever com o objetivo de publicar suas histórias. Procurou um concurso literário, inscreveu um conto chamado “Misericórdia”, e foi a vencedora. O conto, junto com outros 7, foram publicados no livro “2012 - O Ano do Fim”. Depois que viu seu texto publicado, Isabella não teve mais dúvidas. Retomou um projeto antigo chamado “Lendas”, que conta a história de seres mágicos, reis e rainhas, e de uma semielfa, protagonista do livro que está em fase final de produção, e deve ser publicado até o final de 2013. As histórias contadas do livro “lendas” vão ter continuidade, em outros dois livros.

Isabella, que no futuro quer aliar o jornalismo à escrita, destacou a importância de bibliotecas e dos livros na vida das crianças. “A leitura, seja onde for, só faz bem. No hospital, as crianças se envolvem nas histórias e esquecem que estão com problemas de saúde”, conclui.