Brasil ultrapassa meta ao vacinar mais de 81 milhões de pessoas contra a gripe H1N1 18/06/2010 - 08:24
O Brasil ultrapassou a meta de vacinar pelo menos 80% do público-alvo para a estratégia de imunização contra a gripe H1N1. Até o dia 16, dos 92 milhões de pessoas nos grupos definidos como prioritários, 81 milhões já haviam recebido a dose da vacina, de acordo com os dados informados pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, o que representa uma cobertura de 88%.
O total de pessoas imunizadas, até o momento, corresponde a 42% da população brasileira. O dado coloca o Brasil na condição de país que mais vacinou em termos de percentual da população total, superando o índice alcançado por países como Estados Unidos (26%), México (24%), Suíça (17%), Argentina (13%), Cuba (10%), França (8%) e Alemanha (6%). A vacinação contra a gripe H1N1 é também a maior já ocorrida no mundo, ultrapassando a vacinação contra a rubéola realizada no país, que alcançou 67 milhões de pessoas, em 2008.
“Os números mostram o sucesso da estratégia, uma vitória de todo o Sistema Único de Saúde e da sociedade brasileira”, resume o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. “Isso demonstra o grande trabalho dos vacinadores e a confiança da população no Programa Nacional de Imunizações”.
Nos grupos populacionais específicos, a meta de vacinar pelo menos 80% do público-alvo foi atingida entre doentes crônicos, crianças menores de 2 anos, adultos de 20 a 29 anos, trabalhadores de saúde e indígenas. Ainda não atingiram a meta o grupo de adultos de 30 a 39 anos (70% de cobertura), gestantes (73%) e crianças de 2 anos a menores de 5 (40% de cobertura).
No caso das crianças menores de 5 anos, no entanto, a estimativa é que a cobertura real seja muito maior. Isso porque muitas delas podem ter se imunizado junto com a faixa etária dos menores de 2 anos, que atingiu 119% da cobertura. Além disso, parte das crianças menores de cinco anos também foi vacinada na etapa de doentes crônicos. Estima-se que cerca de 35% dos doentes crônicos de 2 a 9 anos estejam na faixa entre 2 e 4 anos.
Em relação às gestantes, o índice alcançado está dentro do esperado, pois o público-alvo foi calculado com base na estimativa de nascimentos no SUS para todo o ano. O cálculo inclui, portanto, gestantes que deram à luz antes da vacinação, as mulheres que vão engravidar após a vacinação e as gestações que não chegaram ao fim.
O Ministério da Saúde recomenda que os municípios adotem estratégias, de acordo com a realidade local, para continuar vacinando os grupos que ainda estão com baixa cobertura.
CASOS EM 2010 – Desde janeiro deste ano, foram registradas 609 internações e 74 mortes em decorrência da gripe H1N1, com redução do número de casos graves confirmados e mortes desde o mês de março, até 5 de junho. Entre os casos graves hospitalizados, 45% tinham pelo menos um fator de risco; entre os óbitos, o índice foi de 54%.
Em 2009, dos 2.051 óbitos registrados, 1.539 (75%) ocorreram em doentes crônicos. Entre as grávidas, a mortalidade foi 50% maior do que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos concentraram 20% e 22% dos óbitos, respectivamente. A maior taxa de incidência da doença foi em crianças menores de 2 anos (59 casos por 100 mil habitantes), enquanto a terceira maior taxa foi em crianças de 2 a 5 anos (24 casos/100 mil hab.) – a segunda foi entre adultos de 20 a 29 anos (31/100 mil hab.)
PREPARAÇÃO — Os Estados já dispõem de 1,9 milhão de tratamentos do medicamento para tratar da gripe H1N1 — quantidade suficiente para tratar 38 vezes mais o número de casos graves em todo ano passado (48.978). Do total já distribuído, 509 mil são para abastecimento da rede Farmácia Popular em todo o país. Além disso, o Ministério da Saúde mantém estoque de 20 milhões de tratamentos para novas distribuições, bem como para preparação de uma pandemia de influenza com maior gravidade. Desde o fim de 2009, o medicamento só pode ser retirado com retenção de receita médica.
Além disso, a rede pública de saúde está recebendo mais de 5.500 equipamentos para leitos de UTI e SAMU/192, entre respiradores, monitores, ventiladores, cardioversores, oxímetros, desfibriladores, detectores fetais, eletrocardiógrafos e bombas de infusão.
PREVENÇÃO E ORIENTAÇÃO — Com a proximidade do inverno, a transmissão dos vírus da gripe aumenta na população. É importante lembrar que a vacina não é a única forma de prevenir a doença. Hábitos simples de higiene são igualmente eficazes, como lavar as mãos regularmente; evitar tocar boca, nariz e olhos; cobrir boca e nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar; e não compartilhar objetos de uso pessoal se estiver com sintoma de gripe.
O total de pessoas imunizadas, até o momento, corresponde a 42% da população brasileira. O dado coloca o Brasil na condição de país que mais vacinou em termos de percentual da população total, superando o índice alcançado por países como Estados Unidos (26%), México (24%), Suíça (17%), Argentina (13%), Cuba (10%), França (8%) e Alemanha (6%). A vacinação contra a gripe H1N1 é também a maior já ocorrida no mundo, ultrapassando a vacinação contra a rubéola realizada no país, que alcançou 67 milhões de pessoas, em 2008.
“Os números mostram o sucesso da estratégia, uma vitória de todo o Sistema Único de Saúde e da sociedade brasileira”, resume o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. “Isso demonstra o grande trabalho dos vacinadores e a confiança da população no Programa Nacional de Imunizações”.
Nos grupos populacionais específicos, a meta de vacinar pelo menos 80% do público-alvo foi atingida entre doentes crônicos, crianças menores de 2 anos, adultos de 20 a 29 anos, trabalhadores de saúde e indígenas. Ainda não atingiram a meta o grupo de adultos de 30 a 39 anos (70% de cobertura), gestantes (73%) e crianças de 2 anos a menores de 5 (40% de cobertura).
No caso das crianças menores de 5 anos, no entanto, a estimativa é que a cobertura real seja muito maior. Isso porque muitas delas podem ter se imunizado junto com a faixa etária dos menores de 2 anos, que atingiu 119% da cobertura. Além disso, parte das crianças menores de cinco anos também foi vacinada na etapa de doentes crônicos. Estima-se que cerca de 35% dos doentes crônicos de 2 a 9 anos estejam na faixa entre 2 e 4 anos.
Em relação às gestantes, o índice alcançado está dentro do esperado, pois o público-alvo foi calculado com base na estimativa de nascimentos no SUS para todo o ano. O cálculo inclui, portanto, gestantes que deram à luz antes da vacinação, as mulheres que vão engravidar após a vacinação e as gestações que não chegaram ao fim.
O Ministério da Saúde recomenda que os municípios adotem estratégias, de acordo com a realidade local, para continuar vacinando os grupos que ainda estão com baixa cobertura.
COBERTURA DA VACINAÇÃO POR ESTADOS
CASOS EM 2010 – Desde janeiro deste ano, foram registradas 609 internações e 74 mortes em decorrência da gripe H1N1, com redução do número de casos graves confirmados e mortes desde o mês de março, até 5 de junho. Entre os casos graves hospitalizados, 45% tinham pelo menos um fator de risco; entre os óbitos, o índice foi de 54%.
Em 2009, dos 2.051 óbitos registrados, 1.539 (75%) ocorreram em doentes crônicos. Entre as grávidas, a mortalidade foi 50% maior do que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos concentraram 20% e 22% dos óbitos, respectivamente. A maior taxa de incidência da doença foi em crianças menores de 2 anos (59 casos por 100 mil habitantes), enquanto a terceira maior taxa foi em crianças de 2 a 5 anos (24 casos/100 mil hab.) – a segunda foi entre adultos de 20 a 29 anos (31/100 mil hab.)
PREPARAÇÃO — Os Estados já dispõem de 1,9 milhão de tratamentos do medicamento para tratar da gripe H1N1 — quantidade suficiente para tratar 38 vezes mais o número de casos graves em todo ano passado (48.978). Do total já distribuído, 509 mil são para abastecimento da rede Farmácia Popular em todo o país. Além disso, o Ministério da Saúde mantém estoque de 20 milhões de tratamentos para novas distribuições, bem como para preparação de uma pandemia de influenza com maior gravidade. Desde o fim de 2009, o medicamento só pode ser retirado com retenção de receita médica.
Além disso, a rede pública de saúde está recebendo mais de 5.500 equipamentos para leitos de UTI e SAMU/192, entre respiradores, monitores, ventiladores, cardioversores, oxímetros, desfibriladores, detectores fetais, eletrocardiógrafos e bombas de infusão.
PREVENÇÃO E ORIENTAÇÃO — Com a proximidade do inverno, a transmissão dos vírus da gripe aumenta na população. É importante lembrar que a vacina não é a única forma de prevenir a doença. Hábitos simples de higiene são igualmente eficazes, como lavar as mãos regularmente; evitar tocar boca, nariz e olhos; cobrir boca e nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar; e não compartilhar objetos de uso pessoal se estiver com sintoma de gripe.