Câmara técnica discute acolhimento no Centro Cirúrgico 10/06/2010 - 08:30

fotos da reunião

O Hospital Infantil Waldemar Monastier recebeu pela primeira vez uma reunião da Câmara Técnica de Humanização do Paraná. O tema abordado no encontro foi o acolhimento no Centro Cirúrgico. Na ocasião foi citado como exemplo o trabalho realizado no Hospital de Clinicas de Curitiba.
“Chegar em uma estrutura como essa, nova, com tudo iniciando, dá outro aspecto ao trabalho de expectativa. É muito bom saber também que antes mesmo da inauguração do hospital vocês (do HRI) já estavam trabalhando com a questão de humanização. Isso é extremamente positivo”, disse a coordenadora da Câmara Técnica, Regina Tanaka.

De acordo com ela, o Hospital de Clinicas (HC), mesmo com uma estrutura já consolidada e com todas as dificuldades naturais devido à complexidade do local, possui um projeto de acolhimento de pacientes do Centro Cirúrgico que vem dando certo.

A enfermeira responsável pelo Centro Cirúrgico do HC, Rosane Maria dos Santos, explicou que o acolhimento naquele hospital foi implantado aos poucos. Segundo ela, antes a criança era atendida, a cirurgia era agendada e eles retornavam no dia da cirurgia. Entretanto, essas crianças voltavam sempre nervosas, às vezes com fome – por que vinham de longe, ou outras vezes acontecia o contrario e esses detalhes prejudicavam o procedimento cirúrgico.

“Quando as enfermeiras perceberam que isso estava ocorrendo, foi organizado um programa pré-operatório que dava orientações básicas aos pais. Mas a mãe preocupada com a criança que ficava esperando acabava nem prestando muita atenção nas orientações. Então surgiu a parceria com a Ong Arte Alegria que passou a explicar esse procedimento também para a criança, através do lúdico, do teatro”, destaca.

“Você chega ao hospital e vem à criança sempre tristinha, com medo do que vai acontecer. Aí quando começa o teatro, elas já começam a sorrir e logo, logo já estão correndo e participando da brincadeira”, comenta Mara Xavier Melnik, conhecida pelas crianças como Mel.

Mara junto com a equipe da Ong criou a história da família Coração. Onde o personagem Cor é uma criança que terá que passar por cirurgia. A encenação auxilia diariamente de 10 a 15 crianças na superação do medo. Para as crianças internadas a encenação é feita no leito, com miniaturas.

No HC a Ong ainda desenvolve mais duas histórias. Uma para os pacientes da hemoterapia e outra voltada para os do ambulatório. Além disso, também atuam no Hospital Angelina Caron.

Hospital Infantil – Durante a reunião, a coordenadora da Comissão de Humanização do Hospital Infantil, Graziele Aline Zonta apresentou o trabalho desenvolvido pela Comissão, desde sua criação em agosto de 2009.

Dentre eles a elaboração do Estatuto da Comissão de Humanização, criação do fluxo de pessoas, manual do acompanhante e normatização dos funcionários.

“O acolhimento às famílias de crianças e adolescentes internados no HRI é feito desde que o hospital abriu, mas hoje estamos estruturando esse processo dentro do Programa Acolher”, explica Graziele.

A Comissão de Humanização do Hospital Infantil realiza reuniões abertas a todos os funcionários do hospital. As reuniões são realizadas quinzenalmente, às segundas-feiras. Os membros efetivos são dos setores de psicologia, serviço social, fisioterapia, enfermagem, administração, apoio administrativo, laboratório e hotelaria.

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