Cresce número de doações de órgãos e transplantes no Paraná 26/02/2015 - 09:51

O Estado do Paraná obteve um excelente desempenho na área de transplantes e doações de órgãos neste último mês de janeiro. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o número de doações concretizadas dobrou - passando de 12 para 24 - enquanto o número de transplantes aumentou em 85%, subindo de 21 para 39 procedimentos.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, os dados apontam que o trabalho de conscientização da população e capacitação das equipes envolvidas no processo de captação e transplantes está dando resultado. “Esses números mostram que o Paraná está no caminho certo para reduzir ainda mais a fila de espera por um órgão. São cerca de 2 mil paranaenses que ainda dependem deste gesto de amor e solidariedade”, disse.

A partir de 2011, o Governo do Paraná adotou uma série de medidas para melhorar o fluxo de captações e transplantes no Estado. Uma das ações foi a ampliação do uso da frota aérea estadual para o transporte de órgãos e equipes médicas. Todas as mudanças fizeram que o Paraná saltasse do décimo para o terceiro lugar no ranking de Estados com os melhores desempenhos no setor de transplantes.

FILA – Contudo, a lista de espera por um transplante de órgão no Paraná ainda tem 2.148 pacientes cadastrados. Destes, 1.556 já estão totalmente aptos a serem submetidos ao procedimento. Os outros 592 ainda são considerados receptadores inativos, pois precisam de exames complementares.

Atualmente, a maior demanda é por transplantes de rim, com 1.119 pacientes ativos na fila. Em seguida, vêm os pacientes que necessitam de córnea (289), fígado (102) e coração (38).

Outro dado de destaque no balanço de janeiro/2015 diz respeito ao número de notificações de potenciais doadores. Neste período foram 70 casos, contra 44 identificados em 2014.

Segundo a diretora da Central Estadual de Transplantes, Arlene Badoch, esse aumento reflete a excelência no trabalho desenvolvido por todos os profissionais envolvidos no processo de doação/transplante. “O aumento nas doações é fruto de uma mudança de conceito promovida através das campanhas de conscientização. Hoje em dia a população está mais solidária e aberta a falar da doação dentro do ambiente familiar”, conta.

CAMPANHA – Para se tornar um doador de órgãos, basta comunicar sua família. Inclusive, este é o tema da campanha “Fale sobre isso” lançada pelo Governo do Estado em setembro do ano passado. “A doação só ocorre com autorização dos parentes mais próximos. Por isso, ressaltamos a importância das pessoas conversarem com seus familiares e expressarem o desejo de se tornarem doadores após a morte”, explicou Badoch.

A mobilização envolve empresas e instituições parceiras de diversas regiões do Paraná. As ações vão desde inserção da logo em rótulo de produtos comerciais de grande alcance e visualização, divulgação em sites e até palestras com os funcionários.

A Federação Paranaense de Futebol (FPF), por exemplo, incluiu o texto da campanha em seus impressos, tabelas de jogos e informativos eletrônicos relativos ao Campeonato Paranaense de Futebol de 2015. Durante o arbitral do torneio, também foram expostos materiais da campanha para sensibilizar os dirigentes dos clubes participantes.

O presidente da FPF, Hélio Cury, afirma que a iniciativa utiliza o alcance do futebol para chamar a atenção dos torcedores sobre a importância da causa dos transplantes. “É uma satisfação poder participar desta campanha que ajuda a salvar vidas. Através de nossos materiais, temos alcançado milhares de pessoas que de alguma forma se relacionam com as ligas profissionais e amadoras vinculadas à federação”, destacou.


Últimas Notícias