Ao contrário do que muitos imaginam crianças e adolescentes sofrem com dores de cabeça. Para melhorar a qualidade de vida destes pacientes foi implantado no final de março no Hospital Infantil o ambulatório de cefaléia infantil. A neurologista pediátrica Dra. Alessandra K. Calixto Hladki, coordenadora do projeto explica que o ambulatório terá como objetivo investigar, acompanhar e tratar pacientes de 3 a 18 anos com a queixa de dor de cabeça. “Muitos pacientes sofrem com as dores e precisam de tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida e evitar prejuízos como o baixo desempenho escolar”, diz Alessandra.

Para conseguir o diagnóstico adequado da cefaléia os pais devem levar as crianças a um pediatra, que, se julgar necessário vai encaminhar a criança a um neurologista. No ambulatório de cefaléia infantil do HI, os pacientes passam por uma consulta detalhada com a neurologista, que faz uma série de perguntas ao paciente e aos seus pais sobre seus sintomas. “O diagnóstico é um desafio, pois ele não se baseia em exames específicos, mas na conversa com o paciente e na observação do quadro, e como as crianças menores não conseguem contar em detalhes como é a dor, o papel dos pais é fundamental para chegar ao diagnóstico exato”, destaca a Dra. Alessandra. Durante a consulta a médica realiza uma série de exames neurológicos, além de exames como fundo de olho, reflexos e força, por exemplo.

Os pais devem valorizar a queixa da criança e fazer um diário da cefaléia e anotar com que freqüência a dor aparece, se a criança deixa de brincar no momento da dor, se a luz e o som da televisão incomodam, por exemplo. Como base nos relatos é possível indicar o tratamento e minimizar o sofrimento.

Dra. Alessandra destaca que o trabalho desenvolvido no HI vai auxiliar crianças de todo o Paraná. “Temos um grande número de pacientes que precisam deste tipo de tratamento, e que agora, vão poder receber um atendimento específico para a cefaléia. Com a ajuda de toda a equipe do hospital vamos conseguir diminuir o sofrimento das crianças e melhora da qualidade de vida de toda a família”, conclui.