Desenvolvimento emocional do bebê é tema de conversa 12/07/2016 - 14:00

Para auxiliar os pais dos bebês que estão em tratamento na UTI Neonatal do Hospital Infantil, a equipe do Serviço de Psicologia da instituição organizou o encontro chamado “Conversando com pais e acompanhantes”, com o objetivo de proporcionar um espaço de orientações, diálogo e troca de experiências entre os acompanhantes. O primeiro tema foi trabalhado no mês de maio e abordou o desenvolvimento emocional do bebê, uma das bases para a constituição da personalidade.

Organizado pela estagiária de psicologia Daniela Schmidt Da Nova Alves, com a coordenação da psicóloga Juliane Gequelin Rosa, o encontro foi uma importante oportunidade para mostrar aos pais que eles exercem grande influência no desenvolvimento emocional da criança. “Os pais esperam por meses a chegada do bebê, mas nem sempre o nascimento ocorre da forma planejada e o sonho de ter a criança nos braços é substituído pela realidade do internamento em uma Unidade de Terapia Intensiva. É normal que eles sintam medo e tenham várias dúvidas, e é para ajudá-los a enfrentar este momento e perceberem a importância de sua presença e participação para o desenvolvimento de seu bebê, que criamos este momento de conversa”, conta Daniela Schmidt Da Nova Alves.

As dúvidas e medos fizeram parte da rotina de Fernanda Rodrigues de Oliveira Ribeiro quando seu bebê precisou de internamento na UTI Neonatal. “Me senti perdida, sem saber o que fazer. Esses momentos de conversa ajudam a entender o que está acontecendo e entender o quanto a presença dos pais contribui para o desenvolvimento e recuperação”, explica.

Os pais foram orientados sobre a importância de conversarem com os bebês. Pela fala é passado muito mais do que palavras, mas também afeto e segurança. “Em alguns casos os acompanhantes enfrentam uma série de restrições e a fala é um grande aliado na aproximação. Percebemos que muitos pais tem medo de conversar com o bebê e se sentem impotentes. Mas, na UTI Neonatal os bebês precisam de atenção e ouvir a voz da mãe e do pai é fundamental para que a criança se sinta protegida”, destaca Juliane Gequelin Rosa.

Psicologia


Para Luciana Pereira Ribeiro, participar da conversa com outros pais ajudou a enfrentar o internamento do filho. “Foi muito bom poder interagir e dividir as dúvidas e as alegrias. Ajudou muito a entender a evolução do bebê e como ele precisa da presença da família”, ressalta.

A intenção do Serviço de Psicologia é organizar novos encontros para que os acompanhantes possam dividir as experiências e colaborar com a recuperação dos bebês.


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