Dignidade em Saúde Mental é o tema do Dia Mundial da área 10/10/2015 - 16:00

Desde 1992, é comemorado o Dia Mundial da Saúde Mental em 10 de outubro, com um novo tema para a data definido pela Federação Mundial de Saúde Mental. Para 2015, Dignidade em Saúde Mental é o destaque da campanha.

De acordo com a Federação, milhares de pessoas com problemas de saúde mental sofrem privação de direitos humanos. Muitos são discriminados, marginalizados e estigmatizados, além de estarem sujeitos a abuso físico e emocional.

Este ano, a Organização Mundial da Saúde quer enaltecer o assunto e garantir que as pessoas com transtornos mentais possam viver com dignidade. As ações visam abordar temas como direitos humanos, políticas e leis; respeito às escolhas da pessoa; formação de profissionais de saúde na área; e inclusão nas campanhas públicas de informação.

“Queremos sensibilizar cada vez mais os profissionais de saúde para o atendimento às pacientes com transtornos mentais e necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, para enxergarem a pessoa e não a sua doença, porque ter dignidade na saúde mental é ter acesso à saúde, ser acolhido e desenvolver vínculo”, explica a coordenadora Estadual de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde, Rejane Cristina Teixeira Tabuti.

NÚMEROS – Dados do Ministério da Saúde mostram que 3% da população brasileira sofre com transtornos mentais severos e persistentes e 12% necessita de algum atendimento, contínuo ou eventual, em saúde mental.

A recomendação da Secretaria da Saúde é de que o cidadão ou familiar que identificar sinais de dificuldade no enfrentamento de situações nos diferentes momentos de vida (adolescência, gestação, luto, menopausa etc.) ou comportamentos diferentes dos habituais, procure a Unidade de Saúde mais próxima para receber o atendimento adequado e, se necessário, ser encaminhado a outros serviços.

A coordenadora salienta que o transtorno mental deve ser visto como uma condição crônica assim como qualquer outra, que exige atenção e tratamento contínuo. “Também é importante salientar a necessidade de práticas mais resolutivas e integradas, por meio de uma Rede de Atenção qualificada e fortalecida”.

Para isso, a Secretaria de Estado da Saúde capacitou mais de 200 tutores multidisciplinares para que reconheçam os problemas de Saúde Mental e estejam prontos para realizar esse cuidado.

Esses tutores multiplicaram a oficina para os profissionais das Unidades de Atenção Primária e, atualmente há profissionais capacitados em todo Paraná para realizar a estratificação de risco e organizar o atendimento no município em que trabalham.

O Paraná também conta com 128 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e 54 Centros de Atenção Especializada, que estão aptos a tratar transtornos mentais mais graves. Conta também com os Serviços Integrados de Saúde Mental – SIMPR implantados nas regiões de Guarapuava, Cascavel, Toledo, Congonhinhas (norte pioneiro) e Marmeleiro (sudoeste), que oferecem tratamento diferenciado à saúde mental nas questões que envolvem as necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas.

ALTERNATIVA – De acordo com Rejane, o tratamento voltado à saúde mental torna-se mais efetivo quando a pessoa continua em seu cotidiano. “Incentivamos ações que promovam a reinserção psicossocial. Inserir a pessoa em um contexto que seja importante para ela é uma forma de reabilitação efetiva”, afirma.

E ela complementa: “Queremos que as Unidades de Saúde também façam articulação com outros pontos da rede de saúde bem como com outros setores – assistência social, educação, esportes, lazer, cultura, entre outros. Isso promove qualidade de vida e, consequentemente, causa um impacto positivo na saúde mental da pessoa”.

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