Horário de Verão: como as crianças reagem a essa mudança? 17/10/2011 - 16:10

Sabe aqueles dias em que o mais difícil é fazer as crianças caírem no sono? Com a chegada do horário de verão - que começou a partir da 0h de domingo (16) e vai até à 0h de 26 de fevereiro de 2012 -, você vai precisar de um pouco mais de paciência com o seu filho, pois essa situação pode ficar frequente. Acordar mais cedo para ir à escola, comer uma hora antes do horário estipulado e outras mudanças na rotina das crianças podem afetar seu relógio biológico.

A implantação do horário de verão, que atinge os estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul – e este ano, pela primeira vez, um estado do Nordeste, a Bahia, sempre foi polêmica. Enquanto uns a defendem, alegando os benefícios de ganhar uma hora sob a luz do sol (sem contar a economia da energia do país, o principal objetivo da ação), outros protestam, pelo fato de terem de acordar uma hora mais cedo. Ambos os lados têm sua razão. Apesar do dia mais longo inspirar uma gama maior de atividades fora de casa com as crianças, dormir uma hora a menos na primeira semana da mudança causa reações adversas no organismo. E este ano o horário de verão será o mais longo desde 1985 – com duração de 133 dias.

A principal consequência é a alteração do sono. Com a irregularidade, a tendência é que tanto adultos quanto crianças se sintam mais cansados durante o dia, irritados e menos atentos. O comum é que a adaptação dure até uma semana.

O corpo humano se prepara para acordar poucas horas antes do sol nascer, quando a temperatura começa a aumentar, e o hormônio cortisol (responsável por despertar você todas as manhãs) atinge seu pico no organismo. Quando se é obrigado a acordar mais cedo, essas reações ficam fora de sintonia. Renato Costa, fisioterapeuta e especialista em fisiologia, comenta que as crianças mais novas não sofrem tanto como as mais velhas, que têm sua rotina já mais consolidada - vão ao colégio e participam de atividades com horários marcados. “Estas sim tendem a apresentar sonolência, falta de apetite e claro, ficam mais manhosas, afinal a mudança de horário mexe com o tempo de sono e de exposição à luz”, afirma. De acordo com o fisiterapeuta existem crianças com hábitos matutinos, que acordam e dormem cedo, e outras com modos vespertinos, que acordam e dormem mais tarde - as vespertinas costumam ter mais problemas durante a transição para o horário de verão.


Como amenizar os efeitos do novo horário

Para diminuir os efeitos da mudança, Renato Costa recomenda que a adaptação aos novos horários de dormir e de comer sejam graduais - é inútil impor a nova rotina de uma vez, já que o organismo da criança não vai aceitar.

Quando o assunto é o sono, ele alerta que o ritual para dormir deve começar muito antes do que o comum. Se a criança dorme normalmente em 30 minutos, ela vai demorar mais enquanto se acostuma com o novo horário. Banhos quentes e massagens ajudam o seu filho a relaxar. Músicas calmas também. “É importante evitar alimentos pesados e estimulantes antes da hora de dormir, além de não incitar atividades físicas neste período. Eles só agitam as crianças”, encerra.



Outra fonte: ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico

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