Hospital Infantil promove seminário sobre enfrentamento a violência 26/04/2010 - 10:40

Profissionais da saúde, da assistência social e educação encontram-se reunidos em Campo Largo para debater o “enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes”. O debate teve inicio nesta segunda-feira (26) e segue até quarta-feira (28), durante o I Seminário do Hospital Infantil Waldemar Monastier. 


De acordo com o diretor do hospital, Luiz Renato Ribeiro de Azevedo, é função do hospital promover a saúde e, portanto, realizar discussões sobre temas que colocam a saúde em risco. Além disso, o seminário busca integrar o hospital a outras entidades e membros da sociedade civil visando cultivar uma rede de proteção à criança e ao adolescente.


Para a pediatra Hedi Muraro, articuladora da Rede de Proteção a Criança e ao Adolescente em Situação de Risco para Violência de Curitiba, o enfrentamento da violência nos setores da saúde é necessário uma vez que o profissional de saúde presencia diariamente casos que se originaram em alguma forma de violência. 


Segundo a pediatra, a Rede de Proteção de Curitiba trabalha com quatro formas de violência: física, psicológica, sexual e a negligência. “Tirar a sujeira debaixo do tapete é um desafio, mas é necessário”, enfatiza Muraro. Segundo ela, o planejamento familiar é uma medida inicial e importante de prevenir a violência. Além do incentivo ao aleitamento materno.
A assistente social Maria Teresa, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Campo Largo, disse que os casos de violência chegam até eles por meio do Conselho Tutelar. Como trabalho de prevenção o CREAS – que atende também a casos de menores infratores – realiza visitas familiares e atividades educativas na comunidade em geral. 


Casos – Dados de 2009, da Rede de Proteção a Criança e ao Adolescente em Situação de Risco para Violência de Curitiba apontam 4735 casos notificados, sendo 81,7% de violência doméstica. Do total dos casos 61% foram de negligência, 19% de violência física e 14% de violência sexual. A taxa de reincidência no ano passado foi de 16,4%. 

 


Últimas Notícias