Mudança de hábitos pode aumentar a expectativa de vida dos homens 14/07/2015 - 13:40

Nesta quarta-feira (15) é celebrado o Dia Internacional do Homem. A data foi criada com o objetivo de chamar atenção para a saúde masculina e conscientizar os homens da necessidade de ações de promoção da saúde e prevenção de doenças.

“Historicamente o homem não tem o hábito de procurar atendimentos e cuidar da própria saúde, sendo notável como a maioria reluta em realizar um exame ou consultas médicas” explica o coordenador estadual da Política de Saúde do Homem, Rubens Bendlin, ao chamar a atenção para a necessidade de mudar essa prática.

Segundo ele, as doenças cardiovasculares, o diabetes, o colesterol, a pressão alta e o tabagismo são fatores que podem contribuir para a morte precoce e estão relacionados aos maus hábitos de vida, como a falta de atividade física e alimentação rica em sal e gordura.

Somente no ano de 2014 foram registradas 1.486 mortes por doenças cardiovasculares entre os homens na faixa etária entre 20 a 59 anos, perdendo apenas para os óbitos causados por acidentes de trânsito (1.779) e a violência interpessoal (1.501). “A cada três adultos que morrem no Brasil, duas mortes são de homens. Na faixa etária entre 20 e 30 anos, de cada cinco mortes, quatro são homens. Todas relacionadas a acidentes de trânsito e violência interpessoal”, ressalta Bendlin.

Segundo o chefe do serviço de cardiologia do Hospital das Clínicas, Cláudio Pereira da Cunha, muitos desses problemas poderiam ser evitados através da adoção de hábitos de vida mais saudáveis, de um comportamento social mais equilibrado e da disciplina na rotina de consultas médicas, alimentação saudável e exercícios físicos.

“Como o papel de provedor ainda é culturalmente forte, o sexo masculino não pode se fragilizar e comprometer o papel familiar. É considerado como o sexo forte e acredita ser mais resistente às doenças. Essas crenças dificultam a eles aceitarem as medidas preventivas e a mudança de estilo de vida”, explica Cunha. O fato é que, por essa questão cultural, os homens sofrem com mais doenças que poderiam ser evitadas caso houvesse atitudes preventivas.

Para saber como está à saúde, vale acompanhar possíveis fatores de risco fazendo ao menos uma consulta anual. “A história clínica e o exame físico devem nortear a solicitação de exames, que deve ser personalizada ao máximo”, declara Cunha.


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