Por: Rafael Davi Sauer Hasse - FUNEAS

Um projeto desenvolvido no Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo, desde 2015, tem colaborado para ajudar no tratamento de inúmeras crianças atendidas na unidade. Os palhaços da ONG Nariz Solidário divertem e espalham muito amor pelos corredores e setores do hospital.

Além das crianças e seus acompanhantes, os colaboradores da instituição também se envolvem nas atividades desenvolvidas pelo grupo. A ONG, que colaborou ininterruptamente mesmo no período da pandemia da Covid-19, atua com diversas atividades para oferecer um ambiente mais acolhedor, de forma lúdica, divertida e humana.

Assim como as interações com os palhaços, realizadas em todos os setores assistenciais do hospital, a ONG oferece outras soluções artísticas, implementadas no período de pandemia, como jogos de cartas adaptados ao hospital, programações de vídeos em pendrives para os televisores e game retrô, utilizado pela equipe de terapeutas durante os atendimentos, que apenas em 2023 atendeu aproximadamente 100 mil pessoas.

Por iniciativas inéditas como esta, o Nariz Solidário, fundado em 2014 e mantido com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Lei N.º 8.313/91, já recebeu reconhecimentos nacionais, como melhor gestão de voluntários do país, além de estar entre as dez melhores ONGs de pequeno porte do Brasil nos anos de 2022 e 2023.

Para o presidente e fundador da ONG, Eduardo Roosevelt, a palhaçaria voltada para o hospital, em um contexto infantil, considerando pacientes, familiares e profissionais da saúde, vai além de fazer rir e levar ludicidade.

“Para nós, é a garantia de direito, levando arte e cultura onde há limitações temporárias na autonomia. Isso é transformador e requer muito cuidado de nossa equipe, tanto de profissionais remunerados quanto de voluntários. Há muito trabalho e pesquisa que antecedem as ações, incluindo treinamento artístico, social e psicológico constante, para ampliar a escuta do ambiente e de cada indivíduo, buscando sempre entregar uma solução adequada ao contexto, a cada encontro, cada realidade”, conta.

Eduardo também destaca a importância e o zelo pelo trabalho realizado no hospital em Campo Largo desde 2015, ressaltando o trajeto percorrido pela equipe composta por 6 artistas, para chegar até a unidade, que se desloca de Curitiba, além das conquistas alcançadas e soluções encontradas em momentos complexos como a pandemia.

A fisioterapeuta Elis Renata Filus, que trabalha na unidade, acredita que a atuação do grupo é importante no hospital, principalmente pelo apoio gerado às mães dos pacientes atendidos.

“Eu cito bastante as mães, porque às vezes elas estão tão sobrecarregadas aqui, com a criança doente, às vezes deixando sobrecargas e outros filhos em casa. Eu penso que esse amor vai muito para elas também. Acho bem especial”, relata.

Sobre o Nariz Solidário - A Associação Nariz Solidário existe desde 2014 e já impactou mais de 299 mil pessoas em mais de 2008 ações, atuando em diversas frentes como: promoção ao voluntariado, à arte, à cultura e à articulação em rede; desenvolvimento de artistas; realização de oficinas de empatia, de encontros nacionais para desenvolvimento de lideranças de grupos parceiros e na criação de diversos eventos.

Em 2019, foi premiada em 1º lugar na categoria Gestão de Voluntários no 1º Prêmio Impulso de Boas Práticas no 3º Setor, organizado pelo Programa Impulso, do Instituto GRPCom. Em 2021, com as práticas realizadas no projeto "De Nariz para Nariz" durante a pandemia, foi laureada nos Prêmios RPC GAME, Dhesca Brasil Memorial da Pandemia e venceu o maior prêmio de Marketing do Paraná, promovido pela ADVBPR, na categoria Social.

Em 2022 e 2023 recebeu prêmios nacionais, sendo eles: Prêmio Melhores ONGs - Entre as 10 melhores ONGs de pequeno porte do país e Prêmio VOL - Vencedor com uma das Melhores Práticas de Gestão de Voluntários do País e Selo Sesi ODS.