Obrigatoriedade do uso da cadeirinha completa um ano 02/09/2011 - 08:20

O uso obrigatório da cadeirinha para crianças de até 7 anos completa um ano. E os resultados positivos começam a aparecer. De acordo com dados da Polícia Militar da cidade de São Paulo, de setembro de 2010 até agora, apenas 3% dos motoristas abordados estavam sem o equipamento. Segundo a PM, isso também reflete a queda no número de mortes de crianças em acidentes de carro. Em 2009, foram 33, contra 14 no ano passado – uma redução de 57%. No Rio Grande do Sul, essa redução é de aproximadamente 15%, segundo informações do Detran/RS.

Em 1º de setembro do ano passado, quando a lei entrou em vigor, alguns modelos de cadeirinhas chegaram a faltar no mercado, você deve se lembrar. A demanda só se normalizou em fevereiro deste ano.

Em 11 meses de fiscalização, foram aplicadas 3.464 multas na capital paulista, média de dez por dia. A maior parte, 2.706, foi feita por agentes de trânsito da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). As demais, 758, por policiais militares. O volume é considerado pequeno (menos de 0,1%) em relação ao total de autuações de trânsito na cidade. Nas primeiras semanas da lei, a CET e a PM aplicavam, no mínimo, oito multas por dia. Atualmente, são menos de três, de acordo com o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran).

No Rio Grande do Sul, o número de infrações aumentou. Passou de 215 em setembro de 2009 para 345 em setembro de 2010 e 366 em junho deste ano, com variações nos meses intermediários. Em dezembro de 2010, por exemplo, foram mais de 460 multas; em abril deste ano, cerca de 470. Ambos os aumentos foram possivelmente motivados pelo aumento da fiscalização nos feriados de Natal e Páscoa.

Segundo a ONG Criança Segura, que promove a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes, o uso do bebê-conforto, cadeirinha e assento de elevação é a única forma segura de transporte de crianças em veículos. Além de diminuir o risco de morte em até 71% e o de hospitalização em 69%, o uso do equipamento contribui para a redução dos gastos para a saúde pública no atendimento à criança vítima do acidente. Atualmente, esse gasto passa de R$ 1.200.000.

Vale lembrar que o descumprimento é infração gravíssima, com multa de R$ 191,54 e sete pontos na CNH (carteira de motorista). No entanto, mais importante do que fugir da multa, é garantir a segurança do seu filho.

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