Primeiro ano de vida tem sabor de leite materno 01/08/2010 - 07:00
O alimento é mesmo completo e nutre, sozinho, nos 6 meses iniciais do bebê.
O consenso entre os especialistas não é nenhuma novidade: o leite materno é a melhor e mais completa alimentação para os pequenos. Seus valores nutricionais fazem com que ele seja indicado pela Organização Mundial de Saúde como o único alimento para crianças de até seis meses e, aliado a outros, até dois anos ou mais.
A notoriedade não é à toa. O leite materno é fundamental, principalmente nos primeiros dias de vida, já que o colostro (líquido secretado pela mama nos dias posteriores ao parto) contém um alto teor de proteínas e apresenta menos açúcar e gordura, se comparado com o leite que a mãe oferece depois desse período. O colostro soma ainda, outras vantagens. Além de ser rico em anticorpos, deixando o recém-nascido livre das infecções, tem efeito laxativo, que ativa o funcionamento do intestino da criança.
O leite posterior ao colostro também não deixa a desejar e, como apontado pela OMS, dispõe de todos os nutrientes que um bebê precisa nos seis primeiros meses. Sem contar que é um alimento de fácil digestão. Aolado dele, alguns pediatras recomendam suplementos de flúor e vitamina D a partir do quarto mês, para ajudar na absorção do cálcio. Banhos de sol no início da manhã ou no final da tarde também cumprem a função.
Embora o leite materno não ofereça doses significativas de ferro, os especialistas consideram a complementação desnecessária. Isso porque bebês nascidos depois de nove meses completos, com mães não-anêmicas e preocupadas com o cardápio durante a gestação, têm reservas suficientes do mineral até ingressarem em uma alimentação enriquecida.
O funcionamento do intestino é um sinal de alerta para as mamães que ficam na dúvida se o filho está recebendo a quantidade adequada de comida.
Os bebês mamam, em média, a cada duas ou quatro horas no primeiro mês de vida. Isso resulta em seis fraldas encharcadas de urina e, no mínimo, duas evacuações por dia. Como algumas crianças são bastante sonolentas, acabam se desinteressando pela comida. Se o bebê não mama de seis a doze vezes diárias, não é preciso ter receio de acordá-lo e estimulá-lo a mamar.
Quando a criança passa a procurar o peito com mais freqüência e mama além do normal é indício de que a alimentação está andando nos trilhos. As atitudes são típicas do período de crescimento e fazem com que a mãe produza mais leite naturalmente. (Estimule a produção de leite).