Com a chegada do inverno é preciso ficar atento com o desenvolvimento de doenças típicas da estação, já que a queda nas temperaturas favorece o aparecimento de doenças respiratórias e da tão temida meningite. A médica infectologista do Hospital Infantil Adriana Blanco explica que a doença aparece quando há uma infecção nas meninges que são as membranas que envolvem o sistema nervoso central. “A doença pode ser provocada por fungos, vírus e bactérias, sendo esta considerada a mais grave podendo levar a morte se não for diagnosticada no início e tratada adequadamente”, destaca.

Como as formas de transmissão da meningite são variadas, Adriana Blanco destaca que principalmente no inverno, o ideal é evitar ambientes abafados onde há aglomeração de pessoas e com pouca circulação de ar. “A transmissão da doença é feita quando gotas de saliva da pessoa infectada entram em contato com as mucosas do nariz ou da boca de uma pessoa saudável. Também pode ocorrer através do espirro ou da tosse, então é importante manter os ambientes como salas de aula e ônibus bem arejados para evitar a doença”, ressalta. Outra dica fundamental é higienizar corretamente as mãos e lavar bem frutas, verduras e legumes.

Os principais sintomas da doença são febre alta, vômito, dor de cabeça e no pescoço e manchas vermelhas pelo corpo. É importante ficar atento aos sinais e procurar rapidamente os serviços de saúde para que um médico possa avaliar o paciente, e realizar o exame do líquido da espinha, chamado de cefalorraquidiano, que mostra qual agente infeccioso está causando a doença. Com base nesse exame e nos sintomas, o médico irá indicar o tratamento correto.

Para evitar a meningite é importante manter o calendário de vacinação em dia. O Sistema Único de Saúde oferece três vacinas que protegem da meningite: a meningocócica conjugada C, pneumocócica conjugada 10-valente e a vacina conjugada para Haemophilus influenzae tipo b, encontrada na pentavalente.