Redução da mortalidade materno-infantil orgulha o Paraná, afirma Richa 25/04/2014 - 10:01

O Paraná comemora os dois anos de atuação da Rede Mãe Paranaense com redução de 40% da mortalidade materna e 10% da mortalidade infantil, os menores índices da história do Estado. Isso significa que, no período, mais de 100 mulheres e cerca de 500 recém-nascidos foram salvos pelas ações da rede. “A redução na mortalidade materna no Paraná foi, em dois anos, maior do que em duas décadas e os índices de mortalidade infantil são os menores já registrados. É uma grande conquista para o estado.”, afirmou o governador. Os resultados foram ressaltados pelo governador Beto Richa no Encontro Estadual da Rede Mãe Paranaense, que reuniu, em Curitiba, entidades ligadas à saúde e profissionais da área de todo o Estado.

O objetivo da Rede Mãe Paranaense é reduzir as mortes de mães e crianças com ações de pré-natal e de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças, especialmente no primeiro ano de vida. “Depois de dois anos, os números são muito animadores e nos orgulham, tanto que o Ministério da Saúde reconhece o Paraná como o Estado que mais reduziu a mortalidade materna no Brasil e atingiu a menor taxa de mortalidade infantil da história. É o esforço do governo estadual com ações, investimentos e atenção que garante a preservação de muitas vidas”, ressaltou o governador.

Richa lembrou que a Rede Mãe Paranaense foi desenhado aos moldes do programa Mãe Curitibana, implantado à época em que ele foi prefeito da capital e que conseguiu avançar muito nessa área, conquistando as menores taxas de mortalidade infantil entre as capitais brasileiras.

CORAÇÃOZINHO - No encontro, o governador anunciou o “teste do coraçãozinho” e entregou 150 oxímetros de pulso (aparelho que mede a quantidade de oxigênio no sangue) aos hospitais e maternidades que atuam na Rede Mãe Paranaense para a realização do teste em bebês recém-nascidos. O exame foi implantado neste ano na rede pelo governo estadual e detecta a cardiopatia nas crianças logo após o nascimento.

“O teste do coraçãozinho é uma reivindicação antiga da Associação de Cardiologia e da Associação de Pediatria. Garantimos o teste através de lei e a liberação de equipamentos para vários hospitais do Paraná”, afirmou o governador. O teste deve ser realizado ainda na maternidade, nas primeiras 24 a 48 horas após o nascimento, pois o tratamento dos portadores de cardiopatias deve ser imediato para evitar a morte dos bebês, que, nesses casos, acontece antes de completar o primeiro mês de vida.

Maureen Classe, que é presidente da Associação Paranaense de Criança Cardiopatas Coração de Leão e mãe de criança com doença cardiológica, afirmou que o tratamento precoce é o que salva a vida de uma criança cardiopata. “Muitos bebês saem do hospital sem o diagnóstico e isso pode comprometer a vida dela, que não vai ter o tratamento correto e a tempo”.

PREVENÇÃO - O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, disse que, além do teste do coraçãozinho, os bebês do Paraná também fazem outros três testes de triagem neonatal: do pezinho, da orelhinha e do olhinho, que garantem a detecção precoce de doenças e o tratamento imediato. “É um equipamento simples que se soma a outros exames e ajuda a salvar vidas com um diagnóstico mais preciso aos profissionais”, afirmou.

REDE - Desde 2012, quando a Rede Mãe Paranaense foi implantada no Paraná, foram investidos mais de R$ 215 milhões (R$ 90 milhões em 2012 e R$ 126 milhões em 2013). Para 2014 estão previstos R$ 166,8 milhões em investimentos na Rede Mãe Paranaense. Todos os 399 municípios aderiram à Rede Mãe Paranaense e 126 hospitais e maternidades estão credenciados para atender gestantes em todas as regiões do Estado.

“Com o oxímetro, conseguimos monitorar a criança até encaminhá-la a uma vaga de UTI Neonatal”, disse Rosicleia de Fátima Simão Venske, diretora administrativa do Hospital Evangélico de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O hospital foi um dos contemplados com os equipamentos e realiza uma média de 300 partos por mês pelo SUS.

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