SAREH desenvolve atividades pedagógicas adaptadas para atender pacientes especiais 19/01/2016 - 06:30

As crianças e adolescentes internados no Hospital Infantil ou que estão fazendo tratamento médico na instituição são atendidos por uma pedagoga e pelas professoras do Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (SAREH), que oferece apoio educacional aos alunos que estão impossibilitados de frequentar a escola durante ao tratamento. O trabalho foi implantado no hospital em maio de 2011 e, ao longo do tempo, os exercícios pedagógicos foram aprimorados para atender o maior número de crianças. Entre as atividades está o atendimento aos pacientes especiais, que através de conteúdo e técnicas específicos aprendem lições próprias para sua necessidade, elaboradas levando em conta as limitações, dificuldades, e possibilidades de cada aluno. “Fazemos uma adaptação curricular de pequeno porte avaliando as condições da criança para definir a matéria e as técnicas que serão adotadas”, conta a pedagoga responsável pelo SAREH, Rozeli de Fátima Pereira.

Paciente

Chaine Ubinski Ramos é uma adolescente que se comunica através da expressão facial. Através dos olhos e do sorriso ela demonstra se está entendo as atividades e interage com a professora. A mãe, Nair Ubinski, conta que no período em que a filha esteve internada, as aulas adaptadas foram fundamentais. “Quando ela percebia que as professoras estavam chegando começava a sorrir. Quando o exercício envolvia música, ela ficava muito mais feliz”, destaca.

Raquel Mastey é professora de códigos e linguagens e explica que é preciso conhecer o paciente, sua idade, características físicas, comportamentais e emocionais para preparar os assuntos, sempre levando em conta as particularidades do aluno. “É importante fazer uma avaliação para conhecer os gostos do paciente para então realizar as adequações necessárias no conteúdo. No caso da Chaine, a contação de histórias utilizando a música foi um recurso fundamental porque ela gostava dos sons e demonstrava interesse no assunto”, diz.

Várias peças para estimular o aprendizado, pensando sempre na condição de cada criança foram desenvolvidas pela professora de Ciências Humanas Regina Fralkoski Basso. De acordo com ela, além dos recursos criados pelas profissionais do SAREH, o uso da tecnologia também é uma ferramenta importante no trabalho com os pacientes especiais. “O computador é um grande aliado para o aprendizado porque através dos jogos, das cores e dos sons é possível despertar o interesse e transmitir o conteúdo”, ressalta.

A estagiária de pedagogia Taiza Beatriz Gomes desenvolve atividades pedagógicas com pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI), com a orientação das professoras do SAREH. Para interagir com as crianças e trabalhar os conteúdos educativos, utiliza objetos como placa de comunicação onde estão letras, números e símbolos e peças com ímãs para facilitar o manuseio. “Apesar da limitação dos movimentos, as crianças conseguem participar dos exercícios. Percebo que o uso das peças é uma ferramenta importante para a aprendizagem, além de ajudar na recuperação e no bem-estar”, ressalta.

De acordo com a professora Doraci Merchiori de Castro, além de contribuir para o aprendizado, as atividades lúdicas auxiliam no desenvolvimento dos pacientes especiais e, para chamar a atenção desta criança é necessário usar materiais alternativos para que eles possam conhecer texturas, temperaturas e sons diferentes que despertam as sensações. “É muito gratificante perceber os resultados no desenvolvimento dos pacientes. Os acompanhantes também valorizam muito o trabalho porque percebem o quanto o estímulo através de um método desenvolvido especialmente para a criança traz avanços na aprendizagem”, conclui.

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