Segurança no parque de diversões: como evitar acidentes? 16/08/2011 - 08:00

Sempre quando uma notícia de acidente em parques de diversão aparece na mídia, a maioria dos pais fica preocupada. E não é para menos. Na madrugada do Dia dos Pais (14), um acidente no bairro de Vargem Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, provocou a morte de mais uma pessoa e deixou oito feridos, segundo informações do G1. Um brinquedo teria se desprendido. Ainda que os acidentes sejam pouco frequentes e na maioria das vezes não sejam fatais, eles podem ser prevenidos quando o local conta com uma estrutura de segurança adequada e profissionais bem treinados, alerta a coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françoia.

Neste ano, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) publicou uma norma referente aos parques de diversões – o que inclui os fixos, os itinerantes, os aquáticos e os bufês que têm brinquedos – que discorre sobre a fabricação, a operação, os quesitos de segurança, as restrições ergonômicas (indicação de altura mínima e máxima), as restrições médicas e documentos de inspeções pelas quais um parque deve passar para funcionar. “O problema é que a norma ainda não é vastamente utilizada. Então cada prefeitura, que é quem concede um alvará para abertura ou montagem de um parque, exige o que quiser”, afirmou o presidente da Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil), Francisco Donatiello Neto.

De fato, a garantia de que essas normas sejam cumpridas é do poder público, mas você também pode - e deve! - ficar atento ao tipo de parque que vai levar o seu filho. Neto afirma que os pais têm de observar se há fios desencapados aparentes e a presença de oxidação e ferrugem nos brinquedos, o que indica sinais de manutenção inadequada. Além disso, explica Donatiello, é fundamental que todos os brinquedos tenham ao lado uma ficha com as restrições ergonômicas e de saúde especificadas. “Também não acredite se um monitor disser que a trava não precisa fechar. Se ela está lá, tem função, sim” disse Neto.

Histórico de acidentes em 2011

Em agosto, um menino de 10 anos morreu em um parque de diversões itinerante em Guaraciaba do Norte, Ceará. A criança retornou ao brinquedo, que estava em movimento, para tentar um objeto seu que havia caído. Também nesse mês, outro menino com a mesma idade levou um choque e morreu em um parque no Pernambuco.

Em julho, uma advogada cuiabana morreu após cair de um carro de uma mini montanha russa instalada dentro de um bufê em São Paulo. O local não tinha licença para funcionamento. Também nesse mês, 8 pessoas ficaram feridas após sofrerem um acidente em um parque de diversões em Rio Grande (RS).

Em abril, uma garota de 16 anos teve uma fratura exposta na perna depois de sofrer um acidente em um parque de diversões de Londrina (PR). O parque estava instalado em uma feira de agropecuária local. Ainda nesse mês, 8 pessoas ficaram feridas depois de um acidente no maior parque da capital paulista, o Playcenter. As travas de um dos brinquedos se abriram e as pessoas caíram de uma altura de 7 metros.

Em março, uma menina de 14 anos morreu depois de ser arremessada de um brinquedo a cinco metros de altura em Hortolândia (SP). O parque era itinerante.


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