Seu filho precisa de superalimentos? 10/01/2011 - 08:20
Bruna Menegueço
Vitaminas, ômega 3, ferro, cálcio, probióticos... Quantos produtos não prometem oferecer nutrientes fundamentais para a saúde do seu filho? Esses alimentos, chamados de enriquecidos, representam mais de 8% do total de vendas, segundo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação. E esse número cresce a cada ano – no 4o Congresso Internacional de Bioprocessos na Indústria de Alimentos, realizado no mês passado, foi anunciado que os embutidos, como salame e mortadela, serão os próximos a receber probióticos.
Se por um lado há interesse da indústria de deixar tudo “super”, existe uma tendência, tanto de alguns produtores quanto do consumidor, contrária a tudo isso, de buscar uma alimentação mais natural (até papinha orgânica é possível comprar pronta!). Sim, esses produtos ainda são mais caros, mas os enriquecidos também não são baratos quando comparados aos in natura? E será que vale a pena comprar?
Os médicos veem com receio o uso indiscriminado dos fortificados e é consenso que se a criança tem uma alimentação variada, não são necessários. “Eles não devem substituir um in natura como fonte de nutrientes. Além do benefício adicional que prometem, também são ricos em gorduras, açúcares, calorias e sódio. O consumo excessivo pode causar problemas, como obesidade e diabetes no futuro”, afirma Virgínia Weffort, pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Mas o que fazer se o iogurte preferido do seu filho é a versão “hipervitaminada”? Tudo bem dar uma vez por dia, mas a partir dos quatro anos, quando o organismo dele tem maturidade para absorver esses nutrientes.
Os alimentos enriquecidos são indicados apenas quando a criança não consome a quantia determinada de algum nutriente. Em alguns casos, a recomendação é tão alta, como com o cálcio e o ferro, que, se a alimentação não for muito bem planejada, o déficit aparece. Mas precisa ficar claro: só vale a pena gastar seu dinheiro se o pediatra indicar.
Se por um lado há interesse da indústria de deixar tudo “super”, existe uma tendência, tanto de alguns produtores quanto do consumidor, contrária a tudo isso, de buscar uma alimentação mais natural (até papinha orgânica é possível comprar pronta!). Sim, esses produtos ainda são mais caros, mas os enriquecidos também não são baratos quando comparados aos in natura? E será que vale a pena comprar?
Os médicos veem com receio o uso indiscriminado dos fortificados e é consenso que se a criança tem uma alimentação variada, não são necessários. “Eles não devem substituir um in natura como fonte de nutrientes. Além do benefício adicional que prometem, também são ricos em gorduras, açúcares, calorias e sódio. O consumo excessivo pode causar problemas, como obesidade e diabetes no futuro”, afirma Virgínia Weffort, pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Mas o que fazer se o iogurte preferido do seu filho é a versão “hipervitaminada”? Tudo bem dar uma vez por dia, mas a partir dos quatro anos, quando o organismo dele tem maturidade para absorver esses nutrientes.
Os alimentos enriquecidos são indicados apenas quando a criança não consome a quantia determinada de algum nutriente. Em alguns casos, a recomendação é tão alta, como com o cálcio e o ferro, que, se a alimentação não for muito bem planejada, o déficit aparece. Mas precisa ficar claro: só vale a pena gastar seu dinheiro se o pediatra indicar.