A importância do reconhecimento dos transtornos mentais na infância 13/07/2010 - 13:29

O reconhecimento dos transtornos mentais na infância é de importância vital para o desenvolvimento e para minimizar seqüelas e traumas futuros. 

O Psiquiatra da Infância e Adolescência é um médico especializado no diagnóstico e tratamento de problemas relacionados a emoções, pensamentos, comportamentos e desenvolvimento que afetam essa faixa etária, a família, escola e sociedade. Ele também conta com o auxílio de profissionais de outras áreas, como pedagogos, psicólogos, neurologistas, pediatras, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, entre outros. Forma-se assim uma equipe que tende a atender a criança e o adolescente de maneira mais ampla e permitir a abordagem de todos os fatores envolvidos na manifestação da desordem. 

Dados do Ministério da Saúde mostram que de 10 a 20% da população de crianças e adolescentes sofrem de transtornos mentais. A maioria permanece por anos, senão a vida toda, sem diagnóstico formal e tratamento adequado. O reconhecimento dos transtornos mentais na infância é de importância vital para o desenvolvimento, haja vista que o tratamento em fase precoce pode determinar a evolução das habilidades e das potencialidades da criança e minimizar seqüelas e traumas futuros. 

Na prática clínica, os transtornos psiquiátricos da infância e adolescência mais freqüentes são: os de conduta, o opositivo-desafiador, os ansiosos (TOC, fobias, pânico, transtorno de ansiedade de separação), do humor (depressão e transtorno afetivo bipolar), de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), os invasivos do desenvolvimento (autismo, Síndrome de Aperger) e de aprendizagem, entre outros. 

As crianças e os adolescentes necessitam de uma abordagem terapêutica que contemple as especificidades inerentes à sua faixa do desenvolvimento. Para isso, sem dúvida, a interdisciplinaridade (integração entre os diferentes profissionais implicados) atua como a mais completa abordagem que se pode oferecer a um ser em desenvolvimento, constituído e influenciado por fatores biopsicossociais. Desse modo, as psicoterapias, o manejo ambiental-comportamental e as medicações exercem igual importância, tanto na terapêutica quanto na prevenção de novos episódios.

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