A prevenção de doenças cardíacas foi tema de palestra para funcionários do hospital Infantil 02/07/2019 - 14:10
Em palestra no auditório do HI, no dia 28 de junho, para os funcionários e terceirizados do Hospital Infantil, o médico cardiologista e diretor clínico da instituição, Dr. Mauricio Dallagrana abordou o assunto das doenças cardiovasculares e algumas estratégias para evitar o problema.
O evento foi uma promoção da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA/HI, com o objetivo de alertar os trabalhadores para os riscos deste tipo de doença e contou com o apoio das direções Geral, Administrativa, Técnica e de Enfermagem.
Dr Maurício iniciou a palestra fazendo um dimensionamento do problema, com dados da OMS – Organização Mundial de Saúde, que reúne informações que impactam diretamente o cidadão e a sociedade que o envolve. Dentre estes dados os que mais se destacam são :
• 30% das mortes nas últimas décadas (17 milhões de pessoas)são causadas por problemas relacionados à doença.
• A partir deste perfil epidemiológico, da identificação dos fatores de risco e do resultado da aplicação destes programas, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu como meta a redução de 25% nas Doenças Cardiovasculares até o ano de 2025.
• Além de ocasionar mortes, diminui a produtividade de pessoas em idade economicamente ativas e isso tem impacto econômico imensurável.
• As doenças CVs deverão aumentar a incapacidade ajustada de trabalho em 2x no mundo todo até 2020, levando a uma notável queda da produtividade global.
• Com a diminuição dos fatores de risco para as doenças cardíacas se espera redução significativa nos eventos.
• A OMS estima que ¾ da mortalidade cardiovascular podem ser diminuídos com adequadas mudanças no estilo de vida.
• Necessitamos, dessa maneira, adotar medidas governamentais associadas às medidas institucionais e dos órgãos responsáveis pela prevenção em saúde no nosso país em todos os níveis, promovendo inclusive estratégias que se alinham com o interesse desta instituição em promover esta divulgação.
Ainda, de acordo com Dallagrana, a identificação precoce do problema é a melhor estratégia para evitar consequências mais sérias, e ressalta que as avaliações clínicas regulares possibilitam identificar e classificar os riscos de cada indivíduo, propondo estratégias de correção e controle. O cardiologista ainda apontou quais são os pacientes considerados de risco cardíaco elevado:
- História anterior de problema cardíaco;
- História anterior de acidente vascular encefálico (AVC);
- Diabetes;
- Doença renal crônica;
- História familiar de doença cardíaca;
Outros fatores que merecem atenção:
- Sexo masculino;
- Idade acima de 40 anos;
- Níveis de colesterol total aumentados;
- Níveis baixos de colesterol HDL (Colesterol bom);
- Hipertensão arterial sistêmica;
- Tabagismo;
- Obesidade;
- Sedentarismo.
Dallagrana alerta também que muitos pacientes que iniciam o tratamento, após terem uma melhora clínica do quadro interrompem e não dão continuidade ao programa, o que pode ter consequências sérias para o retorno e evolução do caso.
Como uma forma de prevenção o médico indicou uma vida livre de estresse, alimentação adequada e a prática regular de exercícios físicos e, principalmente, consultar o médico regularmente.