Taxa de mortalidade mundial diminuiu entre crianças de 0 a 5 anos
10/08/2010 - 07:00
Pesquisa mostra que o número de morte entre crianças no mundo diminuiu mais que o esperado entre 1970 e 2010.
Um estudo feito pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), da Universidade de Washington, analisou 187 países desde 1970 até 2010. O resultado mostrou que as taxas de mortalidade caíram cerca de 2% por ano de 1990 a 2010. No Brasil, o índice caiu cerca de 4,8% ao ano desde 1970.
Publicado pelo jornal The Lancet, a pesquisa revela que, entre os fatores que ajudaram na mudança da estatística, estão as vacinas, suplementos de vitaminas, melhor tratamento para diarreia e pneumonia, prevenção da malária e mais educação das mulheres.
A taxa de mortalidade de menores de 5 anos caiu de 11,9 milhões de mortes em 1990 para 7,7 milhões de mortes em 2010. Destas, 3,1 milhões de falecimentos são de neonatais, 2,3 milhões no pós-neonatal e 2,3 milhões de mortes na infância (entre 1 e 4 anos).
Christopher J. L. Murray, especialista responsável pela análise, afirma que até nos países mas pobres da África houve declínio do número de mortes. As menores taxas de mortalidade a cada 1.000 nascimentos estão em Singapura (2,5) e Islândia (2,6). A taxas mas elevadas são na Guiné Equatorial (180,1) e na República de Chad (168,7). Alguns dos piores índices relacionados aos países desenvolvidos estão nos Estados Unidos (6,7) e Inglaterra (5,3).
A análise mostrou que 31 países em desenvolvimento ainda podem chegar a um resultado de diminuição da taxa de mortalidade infantil em 66% entre 1990 e 2015. Isto inclui países como Brasil, México, Malásia e Egito. Em 1990, 12 países possuíam uma taxa de 200 mortes por mil nascimentos. Hoje, não há nenhum país com taxas tão altas.
O relatório de Murray foi baseado em dados oficiais de nascimentos e registros de óbitos, dados censitários e informações de pesquisas em muitos países. A pesquisa foi patrocinada pela Bill e Melinda Gates Foundation.